domingo, 26 de setembro de 2010

"Ah! Se o corpo falasse..."

O que muitos não sabem, ou melhor, percebem, é que o corpo possui um poder significativo de comunicação.

O corpo foi o primeiro instrumento de comunicação do homem capaz de estabelecer contato com o ambiente, muito antes de existir e se desenvolver a linguagem oral. É através do corpo que é possível expressar o que se sente ou de demonstrar atitudes e comportamentos. 

O corpo humano é locus de emoções, desejos, medos, ilusões, sentimentos, valores. É de caráter biopsicossocial, já que não é apenas formado de carne e ossos, músculos e órgãos. É também psicologicamente regido e socialmente construído. Mas será que conhecemos esse corpo?

O estudo sobre o corpo existe desde civilizações antigas, direcionadas ao conhecimento da  funcionalidade do corpo humano, como por exemplo o estudo da anatomia e fisiologia humana. Ao longo do desenvolvimento da sociedade houveram transformações, que também atingiram a reflexão sobre a questão do corpo. De acordo com o contexto social, o corpo era pensado de modo diferente. 

Mas não cabe aqui fazer um apanhado histórico sobre a questão do corpo. Basta apenas fazer com que possamos pensar sobre esse corpo, sentí-lo. Em todas suas dimensões.

No caso do corpo que dança, é possível torná-lo capaz de não somente comunicar algo, mas também proporcionar ao praticante um conhecimento sobre os próprios movimentos, seus limites e potencialidades corporais, entre outros aspectos. Isso é possível através de um estudo prático: trabalho de consciência corporal.

Cada pedaço corporal promove movimentos que não são executados meramente por si só. Existe um significado em cada um desses movimentos. Apenas não fomos ensinados corporalmente a identificá-los como tal e compreendê-los.

Através do estudo do corpo, seja na dança ou em outra prática corporal artística ou não, é possível compreender a si mesmo corporalmente e transmitir uma intencionalidade. Pensar sobre e com o próprio corpo.


Texto: Leylla Melo

sábado, 25 de setembro de 2010

A explosão Flashdance


                  

Quem nunca ouviu falar ou assistiu inúmeras vezes esse filme?

Lançado na década de 80, "Flashdance" é um musical inspirado em dançarinas da noite, conhecidas como "flashdancers", por apresentarem seus próprios números de dança em bares ou casas noturnas, sem intenção de nudez, movidas apenas pela vontade de dançar. O roteiro é simples, já que trata da história de uma garota jovem que sonha em se tornar bailarina profissional de uma Companhia de Dança. 

Mesmo não considerado uma boa produção pela crítica, o filme conquistou o público, principalmente pela trilha sonora, que marcou não apenas o longa, mas também uma geração. Inspirou produções posteriores, ainda com a mesma ideia de roteiro, com algumas diferenças na trama.

Algumas contradições...

Confesso que perdi a conta de quantas vezes assisti esse filme. Além de não ser uma crítica de cinema, sou suspeita para falar de um musical, já que faço parte da área de dança. No entanto, ressalto apenas o que é comum em alguns filmes do gênero: usar dublês nas cenas de dança com movimentos mais técnicos. 

Assim como em outras cenas de dança do filme, o grande final foi filmado com uma dublê, bailarina profissional e bastante parecida fisicamente com a atriz escolhida para o papel principal, Jennifer Beals, que não era bailarina profissional e, segundo o diretor, foi escolhida por ter um ar mais ingênuo, diferente de Cynthia Rhodes, que foi cogitada em ficar com papel por ser bailarina experiente, mas não atendia a essa característica de ingenualidade. Jennifer ainda chegou a fazer aulas de dança para assumir a personagem.

Na mesma cena, no momento em que a bailarina salta para fazer um giro no chão, característico do street dance, é um bailarino quem executa o movimento. E isso só é possível perceber com bastante atenção, já que a cena é bem rápida e a edição ajuda em não mostrar tantos detalhes.

Entretanto, apesar disso, o filme se destaca no que diz respeito a criação coreográfica e de cenário, o que ajuda também na fotografia.  E por conta desses aspectos bem mais artísticos do que cinematográficos, ganhou a simpatia de muitos e, até mesmo, causa uma subta vontade de dançar ao assistí-lo.


Texto: Leylla Melo

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A importância do Alongamento

A palavra "alongamento" origina-se do latim e significa "longo, comprido". De fato essa prática proporciona o aumento do comprimento das fibras musculares, se realizada regularmente e de forma correta.

O alongamento corresponde a exercícios físicos voltados para o aquecimento e relaxamento dos músculos, e que também proporciona o aumento da flexibilidade.

De acordo com Vaz (2005), o alogamento é definido como “uma forma terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas moles de tecidos, os chamados músculos encurtados, e desse modo permitir a extensão da amplitude do movimento... ajudam a distribuir o sangue de maneira mais uniforme no tecido muscular”.

Desse modo, a prática de alongar é essencial para o bom funcionamento do corpo, pois promove elasticidade e maior facilidade na realização de movimentos, bem como contribui para o alinhamento postural , além de previnir lesões.

O alongamento pode ser executado antes e depois da realização de algum tipo de atividade física. É importante alongar o corpo antes de qualquer prática física para poder aquecer os músculos e prepará-los para realização de exercícios. Ao final, funciona como uma alternativa de relaxar esses músculos que foram, ao longo da atividade física, diretamente acionados.

Existem inúmeras formas de alongamento, mas o importante é saber que não se deve praticá-lo caso esteja com dores intensas ou lesões musculares. Além disso, não deve ser realizado movimentos bruscos ou pesados, para que o alongamento não se torne uma "prática de tortura", mas sim sejam executados exercícios que estimulem a musculatura e desenvolvimento físico do indivíduo.

Texto: Leylla Melo