segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Expressões faciais de emoção? A genética explica!


Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que as expressões faciais utilizadas para demonstrar emoções são inatas e não aprendidas ao longo da vida. Desse modo, as emoções estão configuradas nos genes e são mais do que fruto de uma aprendizagem cultural.

Os especialistas da Universidade Estadual de San Francisco chegaram à conclusão ao comparar 4.800 fotografias de atletas de judô cegos e com visão normal durante cerimônias de entrega de medalhas nas Olímpiadas de 2004 e nos Jogos Paraolímpicos.

Segundo os pesquisadores, tantos os atletas com deficiência visual quanto os de visão normal exibiram as mesmas expressões faciais ao chegar em primeiro lugar. Expressões faciais bastante similares também foram observadas entre os que perderam as competições.

Fonte Genética

Durante a pesquisa, os rostos dos atletas que ganharam medalhas de ouro e prata foram examinados.

Enquanto os vencedores mostravam frequentemente uma alegria natural com a vitória, os que ficaram em segundo lugar curvavam o lábio inferior para cima ou produziam um "sorriso social", que envolve apenas um movimento da boca indicando mais superficialidade do que espontaneidade.

Segundo o professor Matsumoto, autor da pesquisa, os indivíduos que são cegos de nascença não podem ter aprendido a controlar suas emoções de maneira visual e, portanto, deve haver outro mecanismo. Logo, sugere que algo genético é a fonte das expressões faciais de emoção. Além disso, o estudo demonstrou que a correlação entre as expressões faciais dos indivíduos de visão normal e as dos deficientes foi quase perfeita.

Para o especialista, o "sorriso social" ou a curvatura dos lábios para demonstrar emoções negativas pode ter sido de um mecanismo desenvolvido pelos humanos ao longo da evolução para evitar gritos, ataques corporais e xingamentos. Por esse motivo, os sistemas que regulam nossas emoções tem vestigíos de nossos ancestrais.

A pesquisa foi divulgada na publicação especializada "Journal of Personality and Social Psychology".

*Fonte: Texto (adaptado) - Site Globo.com

domingo, 7 de dezembro de 2008

O equilíbrio entre o corpo e a mente


A vida agitada em que nossa sociedade se configura, mal temos tempo de pensar em nós mesmos, especialmente no nosso corpo. Na verdade, só tomamos conhecimento da sua presença quando um desconforto ou uma dor nos obriga a parar e dar uma atenção especial a ele.

Em contrapartida, algumas pessoas, adeptas do “culto ao corpo”, partem em direção contrária, ao tomar um cuidado exagerado, entregando-se a exercícios repetitivos e extenuantes, que podem trazer mais problemas do que benefícios.

Entretanto, é possível ter um corpo bonito, harmonioso, com músculos tonificados sem que para isso tenhamos que adotar exercícios com práticas cansativas. O segredo está em tomar consciência definitiva do nosso organismo, sabendo como funciona e como tirar partido de situações normais do dia-a-dia para exercitá-lo a toda hora, mesmo quando estamos sentados diante de uma televisão ou de um computador, por exemplo.

Eutonia: uma prática eficiente

Criado pela alemã Gerda Alexander, o método da eutonia corresponde a um trabalho corporal que propõe, justamente, trazer equilíbrio físico e mental ao praticante através da conscientização corporal.

A palavra eutonia vem do grego (eu = harmonioso e tonos = tônus, tensão) e refere-se à prática para deixar o corpo harmonioso e tonificado.

Gerda Alexander nasceu em 1908, na Alemanha, mas desenvolveu seu trabalho na Dinamarca. Estudiosa das artes, música e dança, a partir da observação sobre si mesma e das dificuldades de movimento demonstradas por colegas e alunos, passou a investigar os fundamentos neuropsicológicos dos movimentos naturais do ser humano.

A própria Gerda é um exemplo dos resultados do método por ela criado. Era aluna e professora de dança quando, aos 28 anos, desenvolveu uma endocardite, devido a uma febre reumática.

Obrigada a guardar repouso, começou, em seu leito, a procurar formas de manter o tônus muscular, com movimentos mínimos. Surgiu então a eutonia, por ela aprimorada ao longo de toda a sua vida. Gerda Alexander não só sobreviveu à doença, como voltou a andar e continuou ensinando e pesquisando a técnica até idade avançada.

Desse modo, ficou claro para Gerda que, se o indivíduo tivesse consciência da sua capacidade de mover-se e deslocar-se, não só iria melhorar a qualidade desse movimento, como também isso iria influir na pessoa como um todo, trazendo-lhe benefícios físicos e mentais.

Para isso, é fundamental que tenhamos consciência do corpo, desenvolvendo nossa sensibilidade superficial e profunda, podendo influenciar conscientemente os sistemas, em geral involuntários, que regulam o tônus e o equilíbrio neurovegetativo.

Conforme palavras textuais da própria Gerda Alexander, em seu livro Eutonia – Um Caminho Para a Percepção Corporal, “os psicofisiólogos definem o tônus como ‘a atividade de um músculo em repouso aparente’.

Essa definição indica que o músculo está sempre em atividade, mesmo quando isso não é traduzido em movimentos ou gestos. Nesse caso, não se trata da atividade motora, no sentido mais freqüente da palavra, mas sim de uma manifestação da função tônica”.

*Fontes:
Texto: Por Leylla Melo (adaptado - Portal Terra /Planeta na web)
Fotos: Web