terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Uma paixão chamada Dança!

"Ninguém se importa se você não pode dançar bem. 
Grandes bailarinos não são grandes por causa de sua técnica, 
mas por causa de sua paixão." Martha Graham

Imagem do Filme "The Red Shoes" (Os Sapatinhos Vermelhos)

Um sonho de infância. Uma vontade interior de estar em cena. Ou simplesmente... Dançar!

Não importa de que modo a Dança passa a fazer parte da vida de um(a) bailarino(a), mas sim o significado que tem.

Cada movimento, técnica e expressão é construída diariamente. A prática da Dança é um estudo contínuo sobre o corpo: possibilidades, limites, potencialidades.

Esse é um trabalho individual. Cada um tem seu tempo de aprendizagem, amadurecimento e de percepção sobre o próprio corpo.

E na dança, tal processo somente acontece quando o(a) bailarino(a) permite se auto-conhecer. E, aliado a isso, a forma de representação artística do bailarino. Sua emoção. 

Se um(a) bailarino(a) possui uma técnica incrível, mas não "toca" emocionalmente o público, pouco se mostra um artista completo. Ao contrário, um(a) bailarino(a) que não possui uma técnica tão refinada, mas demonstra o sentimento interior de determinada dança, é bem capaz de mover emocionalmente a quem o assisti. E por quê?

Bom, simplesmente porque a técnica pode ser aperfeiçoada a cada dia, dedicando horas ao estudo corporal da Dança. Mas o "sentir" na Dança, a emoção na Arte está dentro de cada um. É necessário apenas que o artista descubra como representá-la. E isso é ser talentoso.

Há aqueles que acreditam no contrário. Mas ratifico que julgar um bom bailarino apenas pela ténica, não é suficiente para torná-lo o melhor.

Em muitos casos, é mais valorizado o artista pronto, ou seja, aquele bailarino que já possui características corporais a favor ou que tem facilidades na aprendizagem técnica de modo rápido. E por isso, é muito mais trabalhoso lapidar aquele que não se encaixa nesse perfil. Levei muito tempo para perceber isso. E entender o real sentido de expressão na Dança.

Por isso, dançar vai muito além de competência técnica. É algo subjetivo de cada um, que parte de dentro de si, em que o trabalho técnico desenvolvido diariamente apenas complementa. É a emoção representada em forma de Arte, de Dança e de Corpo.

Texto: Leylla Melo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O poder das Sapatilhas

Sapatilhas de Ponta
Em algumas modalidades de dança, é essencial o uso e representa muito mais do que um simples acessório. As sapatilhas são, de fato, um dos elementos de identidade do bailarino.

Nas aulas, as sapatilhas são utilizadas para execução de exercícios específicos a cada modalidade. Enquanto que no palco, brilha nos pés de quem dança.

Com uma variedade de tipos, cores, marcas, as sapatilhas representam, de certo modo, a própria personalidade do bailarino. Ou seja, se a personalidade é a essência de cada pessoa, sendo exclusiva e por isso se difere a de outras, as sapatilhas também. 

Além de ser algo bastante pessoal, as sapatilhas caracterizam o estilo do bailarino, tanto no modo de ser quanto no de dançar. 
Sapatilhas de Jazz




Percebemos quando o bailarino é cuidadoso ou não só de observar suas sapatilhas. Sabemos, até mesmo, quando dançam clássico, moderno, jazz pelo que calçam. E se estiver com os pés descalços, deve ser porque é contemporâneo.

Logo, para cada modalidade de dança, existe um tipo específico de sapatilha. E assim, o bailarino torna-se inerente e confirma em seus pés a sua própria dança.
 
Sapatilhas Aranha










Por isso, se as sapatilhas são exclusivas de cada eu, em cada passo e em cada um dos pés, é importante seguir aquele velho conselho: não se deve emprestar dinheiro, carro e namorado(a)... Nem as sapatilhas!




Texto: Leylla Melo.