domingo, 7 de dezembro de 2008

O equilíbrio entre o corpo e a mente


A vida agitada em que nossa sociedade se configura, mal temos tempo de pensar em nós mesmos, especialmente no nosso corpo. Na verdade, só tomamos conhecimento da sua presença quando um desconforto ou uma dor nos obriga a parar e dar uma atenção especial a ele.

Em contrapartida, algumas pessoas, adeptas do “culto ao corpo”, partem em direção contrária, ao tomar um cuidado exagerado, entregando-se a exercícios repetitivos e extenuantes, que podem trazer mais problemas do que benefícios.

Entretanto, é possível ter um corpo bonito, harmonioso, com músculos tonificados sem que para isso tenhamos que adotar exercícios com práticas cansativas. O segredo está em tomar consciência definitiva do nosso organismo, sabendo como funciona e como tirar partido de situações normais do dia-a-dia para exercitá-lo a toda hora, mesmo quando estamos sentados diante de uma televisão ou de um computador, por exemplo.

Eutonia: uma prática eficiente

Criado pela alemã Gerda Alexander, o método da eutonia corresponde a um trabalho corporal que propõe, justamente, trazer equilíbrio físico e mental ao praticante através da conscientização corporal.

A palavra eutonia vem do grego (eu = harmonioso e tonos = tônus, tensão) e refere-se à prática para deixar o corpo harmonioso e tonificado.

Gerda Alexander nasceu em 1908, na Alemanha, mas desenvolveu seu trabalho na Dinamarca. Estudiosa das artes, música e dança, a partir da observação sobre si mesma e das dificuldades de movimento demonstradas por colegas e alunos, passou a investigar os fundamentos neuropsicológicos dos movimentos naturais do ser humano.

A própria Gerda é um exemplo dos resultados do método por ela criado. Era aluna e professora de dança quando, aos 28 anos, desenvolveu uma endocardite, devido a uma febre reumática.

Obrigada a guardar repouso, começou, em seu leito, a procurar formas de manter o tônus muscular, com movimentos mínimos. Surgiu então a eutonia, por ela aprimorada ao longo de toda a sua vida. Gerda Alexander não só sobreviveu à doença, como voltou a andar e continuou ensinando e pesquisando a técnica até idade avançada.

Desse modo, ficou claro para Gerda que, se o indivíduo tivesse consciência da sua capacidade de mover-se e deslocar-se, não só iria melhorar a qualidade desse movimento, como também isso iria influir na pessoa como um todo, trazendo-lhe benefícios físicos e mentais.

Para isso, é fundamental que tenhamos consciência do corpo, desenvolvendo nossa sensibilidade superficial e profunda, podendo influenciar conscientemente os sistemas, em geral involuntários, que regulam o tônus e o equilíbrio neurovegetativo.

Conforme palavras textuais da própria Gerda Alexander, em seu livro Eutonia – Um Caminho Para a Percepção Corporal, “os psicofisiólogos definem o tônus como ‘a atividade de um músculo em repouso aparente’.

Essa definição indica que o músculo está sempre em atividade, mesmo quando isso não é traduzido em movimentos ou gestos. Nesse caso, não se trata da atividade motora, no sentido mais freqüente da palavra, mas sim de uma manifestação da função tônica”.

*Fontes:
Texto: Por Leylla Melo (adaptado - Portal Terra /Planeta na web)
Fotos: Web

2 comentários:

Helena disse...

Adorei o post Leylla. E como me parece que esses exercícios são perfeitos não só para pessoas doentes como para preguiçosas como eu, estás devendo um novo post ensinado os movimentos, ok?

Unknown disse...

há esperança para preguiçosos que nem eu! =D