"O corpo está em cena, sem que haja qualquer possibilidade
de predizer o futuro e seus limites" (Villaça e Góes, 1998)
A leitura das atitudes expressadas no comportamento dos indivíduos foi o primeiro sistema de comunicação usado pelo ser humano, muito antes do desenvolvimento da linguagem oral.
Em termos evolucionários, a fala só passou a fazer parte do nosso repertório de comunicação após muitos anos, sendo utilizada fundamentalmente para transmitir fatos.
Hoje, no entanto, é atribuída uma maior atenção a questão da importância da linguagem corporal por muitos autores, não só para o entendimento das ações expressadas pelos indivíduos, mas também para compreender o processo de comunicação estabelecido pelo corpo.
Com relação à dança, é difícil definir quando o homem desenvolveu essa prática. Sabe-se apenas que é fruto da ncessidade humana de se expressar. Nesse contexto, a dança surgiu em meio ao universo simbolicamente composto de movimentos corporais – em que o corpo foi o principal instrumento responsável em criar conexão com o ambiente – e se desenvolveu ao longo dos anos. Acompanhou o processo gradual de transformação da sociedade, refletindo de alguma forma sobre os aspectos sociais, seja de modo político, ideológico ou associado à cultura. Desse modo, a dança esteve presente socialmente no espaço construído pelo homem, representando uma nova forma de linguagem.
E foi ao longo da história do homem, que a dança tomou diferentes direções e construiu sua própria história, permeada por uma variedade de modalidades e técnicas, bem como detentora de beleza e estimuladora de habilidades corporais, representando uma das artes mais completas que fez parte, e até hoje está presente, na cultura corporal humana.
Texto: Leylla Melo
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